Lembro-me que na nossa oficina existia um transistor onde de fundo se ouvia Alfredo Marceneiro, Amália Rodrigues ou Maria da Fé. Muitas das vezes o martelo na prensa interrompia a melodia celestial que invadia o nosso espaço. As vozes misturavam-se, era sublime o resultado final. Muitos dos livros existentes em Bibliotecas dos mais distintos lugares de Portugal, foram encadernados ao som refinado do fado, aquela história de vida, e acredito que ficaram mais brilhantes nesse testemunho perpétuo. Na onda média da Rádio Comercial, essas vozes, as mesmas vozes que ilustram a cultura da humanidade, eram idolatradas pelo mais simples português. De pessoas simples se fez arte, de pessoas simples se fez fado, de pessoas simples se fez Portugal !
Viva o FADO ! Já dizia o nosso saudoso Vasco Santana.
Património imaterial da Humanidade !
Carlos Simões
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