O tempo voa, mas as obras ficam, num requinte que enriquece as bibliotecas espalhadas pelo mundo. As mãos destes mestres ainda não tremem, e tudo é feito com paixão e arte. Sinto saudades do manuseio daquela "dobradeira" de marfim que serve para vincar o papel de fantasia. Sinto saudades de mexer o tacho ao lume, com a farinha de trigo, água e vinagre, para obter aquela pasta viscosa que colou tantos, mas tantos livros. Sinto saudades de afiar aquelas facas de lâmina fina, revestidas a couro! Sinto saudades daquele cheiro de pele curtida, aquelas melhores peles do Ribatejo, as mesmas que revestem as relíquias de muitos homens das artes e cultura.
Sinto saudades daquela oficina, onde tudo é celestial!
Carlos Simões
Nenhum comentário:
Postar um comentário