Lembro-me das histórias do meu pai, o Mestre Florindo, explicava e contava a dificuldade de impor e mostrar o seu trabalho, quando no ano de 1961 abriu a oficina de encadernação na companhia do meu tio Armando, eles que tinham saído das mais emblemáticas tipografias do nosso Portugal, a Tipografia Mendes Barata. O seu trabalho já era reconhecido, mas trabalhar de forma independente era bem mais difícil. Sabiam que podia existir, como na gíria se diz, "alguma dor de cotovelo". Mas foi com o trabalho e com a apresentação das suas obras, que lutando diariamente com as mais variadas injustiças, atingiram hoje um patamar somente alcançável para os mais predestinados. São hoje uma referência a nível Mundial através do reconhecimento do seu trabalho, da sua arte, e até na Malásia perguntam como é este trabalho que apaixona tanta gente. Também no País que me encontro, e que adoro e amo, a bonita capital de Angola, Luanda, são muitos os que me perguntam como é essa arte tão bela, enriquecedora no meio artístico e cultural. Dos mais variados quadrantes deste mundo cultural artístico e belo, é esta uma arte que nos apaixona a todos. Tive a possibilidade de distribuir alguns exemplares vossos, que encheram de beleza algumas bibliotecas, desta capital da cultura mais bela do mundo! Hoje estou a passar pela vossa primeira fase, mas sei que aprendi convosco que com muito trabalho e dedicação somos sempre contemplados. É a injustiça coroada que sempre aparece para quem trabalha com amor e muita qualidade ! Bem hajam, Mestres do meu coração, e de muitos deste mundo que vos reconhece!
Carlos Simões
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